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O site Lucidez valoriza diferenças de opinião...

   Uma opinião é uma idéia pessoal que uma pessoa faz da realidade. As opiniões dos outros são importantes porque expressam percepções diferentes do mundo e pode enriquecer a nossa própria visão do mundo. Mas é importante nos lembrarmos que uma opinião pode ou não estar em harmonia com a realidade; pode ser uma visão confusa da realidade. Por isso, usamos nosso senso crítico para aceitar totalmente, parcialmente, ou simplesmente não aceitar nada de uma opinião.

  A curiosidade  é uma característica  que possibilitou  a  sobrevivência da espécie hu-

mana. Por isso estudar, explorar e aprender é prazeiroso. A capacidade de ter ciência

é a principal diferença entre nós e os outros animais. Mas os humanos possuem outra

característica que acaba prejudicando o saber: a subjetividade.
   A subjetividade é o mundo interno da pessoa. O modo como a pessoa interpreta a

vida. A questão não é se essa interpretação é certa ou errada, a questão é que  a  sub- 

jetividade tem o seu lugar e é singular dentro de cada pessoa. O saudável é absorver

informações do exterior, que são os fatos, e compreender no interior, as nossas inter-

pretações.
    Em uma conversa casual compartilhamos tanto fatos, as informações, quanto inter-

pretações, as opiniões. Também nos beneficiamos das opiniões dos outros, pois o mo-

do de pensar delas enriquece as nossas próprias opiniões, que não deixam de ser uni-

cas. Mas também existe o risco  de  ouvirmos  informações  equivocadas,  distorcidas

pelas opiniões. Assim, desenvolvemos senso crítico, um filtro onde  permitimos  ape-

nas informações de qualidade.
   Um estudo científico, uma aula, um artigo em jornal ou revista,  não  são conversas

casuais.  O profissional  -  seja  ele  cientista, jornalista, professor  -  tem  a  função  de

aprender informações novas e torná-las disponíveis  aos  demais  sem  contaminá-las

com suas próprias opiniões. A captação de informações deve ser feita com rigor cien- 

tífico, usando de imparcialidade, para evitar subjetividade. Assim, o resultado do es-

tudo é trabalhado com o objetivo de gerar informação e não opinião.  Todo  o  profis-

sional que lida com informação precisa ser objetivo não subjetivo. Assim, recebemos

informações do exterior e as compreendemos em nosso interior, gerando a nossa pró-

pria opinião; ao invés de recebermos a opinião do cientista, do jornalista,  do  profes-

sor ou do especialista.

   O mundo é cheio de doutrinas e ideologias, estas podem interferir no modo como as

pessoas - inclusive profissionais - interpretam a realidade. Pessoalmente, e agora estou

expressando apenas minha opinião, acho ideologias prejudiciais por serem um pensa-

mento coletivo, aonde o pensamento individual é desrespeitado.
   Imagine como ficam as informações se o profissional é  feminista, machista, nazista,

evolucionista,  criacionista,  ista,  ista,  e  permite que isso influencie em seu trabalho?

Isso acontece muito.  Mas caímos no erro de nos submeter a subjetividade  do  profis-

sional por acreditar que ele, por ter estudado,  sabe mais do que nós.  E não é bem as-

sim; o especialista aprende  uma  profissão,  pode ter mais  conhecimento que nós  na

área dele, mas conhecimento é diferente de inteligência.  Mesmo a inteligência é rara-

mente é uma habilidade geral,  sendo quase sempre uma habilidade especializada, is-

to é, forte em certos aspectos ou áreas, fraca em outros aspectos. Ainda  por  cima,  as 

opiniões  de um especialista podem estar baseadas em ideologias, os "ismos", que ele

segue.
   Assim, podemos esquecer de ligar o nosso filtro, o senso crítico, ao ouvir  ou ler  in-

informações em livros e revistas, por pensarmos que somos menos que o "intelectual"

que está nos passando as "informações"; mas essas "informações" podem muito  bem

estarem distorcidas pela subjetividade do profissional.

   Mas o autor deste site também não é um especialista,  que pode também ter  a  sua

própria opinião, que pode estar também mostrando sua própria versão da realidade?

Embora os artigos desse site sejam produto de pesquisa cuidadosa, ninguém é  o  do-

no da verdade. O mundo seria um tédio se todos pensassem da mesma forma.  O  ob-

jetivo deste site é simplesmente questionar, não impor opiniões.  Além disso,  o autor

desse site tem busca passar informações e não opiniões.  De qualquer forma, se o lei-

tor refletir sobre os assuntos,  com senso crítico  e  análise cuidadosa,  chegará ás suas

próprias conclusões, e ficarei satisfeito.

   Portanto, o site não desvaloriza opiniões, mas questiona a validade das informações

passadas pelos profissionais, incentivando o senso crítico. Alertando  que  mesmo um

profissional pode estar redondamente enganado.  Lembrando que informações  equi-

vocadas passadas por profissionais da informação já custou muito caro, até mesmo a

vida de quem acreditou. 

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